[MÚSICA] Vamos aproveitar a presença da Ana aqui para falar um pouco também sobre um tema que a gente não falou ainda que é Design Thinking. Fala pouquinho para a gente sobre Design Thinking. O que é? >> Design Thinking é um processo, na verdade, ele é um framework que foi criado pela Universidade de Design dentro de Stanford, a D-School, e a Agio, que é uma empresa de Design Americana, uma super referência. E na verdade você consegue definir o Design Thinking como um processo, framework, que ele internaliza o mindset do designer enquanto ele está desenvolvendo e consegue aplicar ele várias outras coisas. Então assim, através do Design Thinking a gente começou a aplicar alguns mindsets, por exemplo, interação, você se sentir confortável com o fato de você não ter todas as respostas, de você ter mais empatia com o usuário, então você utilizar todos esses mindsets para que você consiga inclusive resolver um problema de negócios. Então ele é um framework que você utiliza disso, então tem algumas etapas pré-definidas, pra você resolver um problema pré-definido. >> Tá, e qual que é a diferença entre Design Thinking e Design Sprint? >> O Design Sprint ele foi criado em cima do Design Thinking mindset e do Agile manifest. Então ele utiliza métodos que são utilizados no Design Thinking e ele o organiza ele de forma que fique mais ágil também. Então ele também é um framework, só que inspirado no Design Thinking. >> Entendi, então juntou Design Thinking com o Agile e formou o Design Sprint. >> Exatamente. >> Ou seja o Design Thinking foi algo que veio antes do Design Sprint. Ok, então, quais são as etapas do Design Thinking? >> Ele é basicamente composto de cinco etapas. Então, na primeira etapa é quando você vai entender o problema, então a gente até costuma utilizar a representação gráfica de diamante porque você vai divergir o seu ângulo de visão, então é a etapa que a gente chama da empatia onde você vai criar empatia, vai entender muito mais o contexto do seu problema, aí então você vai convergir, que você vai definir exatamente qual oportunidade. Como se você estivesse reescrevendo o seu problema. Então uma vez que você tem todo o entendimento do contexto, de uso, de ser usuário, enfim, tudo aquilo que envolve o seu problema, você vai definir e trabalhar uma oportunidade. >> Então vamos lá, passamos pela fase de empatizar, divergir, depois convergir, para definir o problema. >> Aí sim a gente vai pensar soluções. É uma coisa que é até pouco difícil para gente, sempre quando a gente está trabalhando problema, imediatamente, a gente já tenta pensar nas soluções, nas possíveis soluções. Mas pelo Design Thinking, a gente precisa passar pelas etapas de empatia, que aí você tem entendimento maior do problema, uma releitura deste seu problema, e aí sim você começa a idear quais são as possíveis soluções que você tem com relação a isso. E antes de você ir para desenvolvimento a ideia seria você fazer protótipo. Porque aí você faz como se fosse uma coisa falsa, sem ser funcional. >> O protótipo é uma coisa bem característica do Design Thinking né? >> Isso. >> E sendo o Design Thinking, trabalha muito cima de protótipo né? >> Isso, porque a ideia é que você consiga aprender com o protótipo. Então você consegue prototipar qualquer coisa sem precisa ir pro desenvolvimento. Então por isso que esse mindset do Design Thinking é muito importante. Também pro PM, porque aí ele consegue inclusive utilizar a equipe que trabalha com ele e inclusive da start-up também, de maneira mais inteligente, então uma vez que já foi testado, validado, refinado com o usuário, entrar aí para desenvolvimento já com a certeza de que vai estar mais assertivo. >> Tá e qual a relação entre Design Thinking e o UX, ou a experiência do usuário. O Design Thinking é um framework para você pensar a experiência do usuário. >> Entre vários que possam te ajudar. >> Entre N outras coisas. Você pode ter o seu próprio processo, você pode usar Lean UX, por exemplo, você pode adaptar de acordo com a sua realidade, que é uma coisa que acontece bastante, mas é muito interessante você ter a visão também do Design Thinking porque ele traz uns mindsets que são interessantes, por exemplo, interação, de você estar sempre alterando, sempre modificando, sempre aprendendo, é você ter a certeza de que todo mundo tem uma capacidade criativa interessante, então todo mundo pode participar do processo criativo, pode criar, pode gerar soluções e não necessariamente uma pessoa específica dentro de uma startup. Aí por isso que eu até inclusive comentei que o UX também é uma responsabilidade, digamos, de todo mundo que está envolvido, porque todo mundo tem uma capacidade criativa grande. >> Você acha que essa característica do Design Thinking de ser bem inclusivo, de colocar todo mundo na resolução do problema, você acha que isso é um diferencial da metodologia? Ou seja, a solução fica sempre melhor quanto mais pessoas estiverem pensando nela. Eu acredito, sim, eu acredito que independente de qual framework que você vai usar, você só vai ter uma boa solução quando você envolve pessoas que pensam diferente juntas, você tem uma solução muito mais rica, fica muito mais inovador. A gente costuma dizer que Design não é esporte que se jogue sozinho. Então, obrigado, Ana, por mais esse conhecimento sobre Design Thinking. Até a próxima.